sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Nova Loja no Sobrado Antigo

SOBRADO DO HOTEL COLOMBO
Construído em 1844, o sobrado do antigo Hotel Colombo, situado na cabaceira de uma quadra, servindo de fundo à praça Cel. José Bittencourt e formando a esquina da rua Conselheiro Saraiva. Sua fachada principal está voltada para o Rio Jaguaripe. O edifício não possui recuos, mas a Rua Eurico Mata, que margeia o rio, se alarga em sua frente, formando uma espécie de pátio entes de desembarcar na antiga Praça do Mercado. Sua vizinhança imediata é constituída por casas e sobrados de dois pavimentos, de função predominantemente comercial. O edifício integra o Centro Histórico de Nazaré.
Sobrado é acrescido, no final do mesmo século, de um terceiro neogótico. Sua planta de corredor central com grandes salões na frente e no fundo, típica de sobrados e casas urbanas dos séculos XVIII e XIX, foi alterada com a conversão do edifício em hotel, neste século. O anexo foi, provavelmente, incorporado ao edifício em época posterior a sua construção. Naquela oportunidade, o acesso ao primeiro andar teria sido deslocado da porta, com cartela datada, situada na fronteira, para o anexo, ampliando a área da loja, O primeiro andar do sobrado exibe janelas com molduras no estilo D. Maria I, introduzidas na Bahia quando da reconstrução da Igreja da Ordem Terceira do Carmo de Salvador. No primeiro quartel do século XX, funcionava, no pavimento térreo, um armazém de senhor Arlindo Barbosa.
O senhor Antônio Vaz Ribeiro, casada com senhora Fortunata Rosa da Silva Ribeiro, em 12-12-1978, compra o imóvel nas mãos de Maria Rita Almeida de Andrade. No final do século XIX, o edifício é acrescido de um terceiro pavimento com janelas ogivais.
O sobrado é convertido em hotel, em 1930, quando são realizadas as seguintes obras; construção de divisórias, para aumentar o número de quartos; instalação de sanitários; superposição de camada de cimento sobre o assoalho do 1o andar e reparos gerais. Nasce o Hotel Colombo.
Em 1977, são realizadas obras que consistiram em: conserto de telhado, subdivisão dos quartos, instalação de novos sanitários, subdivisão de alguns forros e pintura geral. Com a sua riqueza arquitetônica bastante descaracterizada, hoje, funciona uma casa comercial.
SOLAR DOS SAMPAIO
Sobrado urbano de tipo especial, com acesso fluvial e terrestre. A importância do rio como via de comunicação se evidencia de a fachada principal do edifício, com sua portada e escadaria, estar voltada para ele. É muito provável que existisse comunicação interna entre os pavimentos térreos e superior. A planta do andar nobre é do tipo corrente nos séculos XVII e XIX, com circulação central, para onde se abrem quartos e alcovas e grandes salões nas extremidades. A sala de visitas, que se assoma à Praça Artur Sampaio, foi, aparentemente, subdividida. Muito interessantes são as molduras, em estilo D. Maria I, das janelas do sobrado, introduzidas na Bahia quando da reconstrução da Igreja da Ordem Terceira do Carmo, em Salvador.
SOBRADO DOS ARCOS
O sobrado, também conhecido como Casa ou Prédio dos Arcos, ocupa toda uma quadra, delimitada pala Praça Cel. José Bittencourt, antiga Praça do Mercado, pelas ruas Barão Homem de Mello e Profa. Dilfa Muniz e pelo Beco dos Arcos. Dos balcões, que se abrem para a praça e para a Rua Barão Homem de Mello, se contemplam o Jaguaripe, a Ponte Eunápio Pelthier de Queiroz e um trecho da cidade, que se desenvolveu na margem oposta do rio. O prédio integra o Centro Histórico da cidade. Edifício, de relevante interesse arquitetônico, desenvolvido em dois pavimentos em dois pavimentos e recoberto por telhado de quatro águas com terminações em cornija. Sua planta, em forma de trapézio, é construída, no térreo, por salas que se abrem para a galeria de arcos que envolvem três lados do edifício e, no andar superior, funcionam a secretaria da Cultura, Turismo e Comunicação, Biblioteca Pública Anísio Melhor, Biblioteca Infantil Denise Fernandes Tavares e Arquivo Público prof. Bem-Wilson Brito de Souza.
O antigo andar nobre é vazado por 50 janelas rasgadas, em arco pleno, com caixilharia em losangos e guarda-corpo em serralharia. Alguns cômodos do mesmo pavimento conservam forros planos em madeira e o piso assoalhado primitivo, enquanto outros tiveram seus tabuados revestidos de cimento. No térreo, algumas lojas mantêm o pavimento de lajota de barro. Nada restou do mobiliário original. A data de construção deste edifício, cujos caracteres tipológicos são de meados do século XX. Sua construção teria sido iniciada por um português de sobrenome Guimarães, mas sua conclusão se deve a Joaquim Pofírio de Souza, rico senhor de escravos.

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